Minha primeira formação foi como Farmacêutica Industrial e Bioquímica. A segunda foi em Direito. Mas é a arte que sempre esteve presente em toda a minha vida, fazendo-me companhia em todos os momentos de expressões das minhas mais profundas autodescobertas. Sempre fiz uso de alguma forma de expressão artística, principalmente o grafite, como recurso de ressignificação em minhas interações cotidianas, sejam elas afetivas, emocionais, sociais, etc.
A arte, além dessa contribuição no campo da expressividade, possibilitou-me conectar com o meu redor de diferentes formas, reverberando fortemente em meu repensar de como percebia o mundo. Através dela pude auto observar-me em diferentes contextos de minha história de vida.
Apaixonada a vida toda pela arte, não poderia ser diferente e avassalador o impulso que senti de empreender na seara artística. Tratava-se da grande vontade de mergulhar de maneira mais ousada e participativa em algo que permitiria, além de me revelar e traduzir ainda mais, contribuir cultural e socialmente com a sua valorização.
Iniciei em 2012, para tanto, um processo de estudos teóricos através de Pós-Graduações e cursos profissionalizantes, inteirando-me mais profundamente neste campo de conhecimento. Este conteúdo me fortaleceu na busca por parcerias para prover, em um espaço especial, ações comunicativas de individualidades decorrentes de construções de pensamentos artísticos.
O Lápis Lazúli, concebido em 2020, tem sido a concretização desse sonho, que possibilita perceber na prática de que a arte, seja em qual for a sua forma de manifestação, tem uma função social e educativa, traduzindo-se como uma necessidade humana na sua conexão com o mundo e construção de sua própria identidade.
E seguirei sempre assim, feliz de mãos dadas com a arte, apaixonada pelo que faço e, melhor ainda, dividindo a minha experiência com outros amantes desse ideal através de experimentações de linguagens e técnicas das mais variadas, sempre com o propósito de divisar conexões com outros saberes que impactem positivamente em nossas relações do dia a dia.
Enfim, valorizar a arte, antes de tudo, é apreciar um encontro consigo mesmo. Pois o processo de descortiná-la em nossa vida nada mais é do que enxergar e esquadrinhar algo que já existe dentro de nós.